As suas papilas gustativas têm uma percepção diferente de todas as outras do planeta. Assim como seus olhos, seu nariz e cada receptor da sua pele.
A sua mente se organiza diferente de todas as outras do planeta.
Mesmo quando parecer que você entende alguém - e você entenderá se estiverem falando o mesmo idioma -, você nunca vai compreender exatamente o que aquela pessoa quis dizer. E o mesmo vale para você.
As discussões por pontos de vista não vão nunca chegar a uma resposta certa, porque a cor é uma característica da luz e não do corpo; a luz, por sua vez, depende dos olhos de quem vê. É física.
Tudo na sua vida vai girar em torno de você. A sua percepção sobre os seus pais, sobre os seus filhos, sobre todas as pessoas que um dia cruzaram seu caminho torna impossível que você conheça alguém por completo em todo o decorrer da sua vida. Você é incapaz de olhar para os outros sem a lente dos seus olhos. A lente do seu eu.
Ainda assim, como Voltaire, não concordar com o outro não te impede de defender o direito do outro de emitir a opinião. E as suas lentes em nada interferem no seu altruísmo, na sua solidariedade. As suas lentes, suas papilas gustativas, seu nariz, seus receptores, nada disso se sobrepõe à sua capacidade de percepção da única coisa em que você é igual a todas as pessoas do planeta, a sua humanidade.
A sua boca tem a mesma origem embrionária da pessoa ao seu lado e carrega os mesmos genes independente de que informações esses genes trazem.
E isso é verdade para o seu corpo todo.
Incluindo o seu cérebro.
O que você vai fazer com a sua mente?
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