sexta-feira, 3 de maio de 2013

Teoria das nuvens gêmeas

Quando a gente nasce e vai crescendo, adquire uma nuvenzinha colorida em cima da cabeça. Uma nuvenzinha invisível a olho nu.
Para os 7 bilhões de pessoas do mundo de hoje, existem 3,5 bilhões de cores diferentes de nuvenzinhas. Isso acontece para que cada nuvenzinha encontre seu par.
O porquê de ser uma nuvem é facilmente encontrado: as nuvens são maleáveis, brandas, delicadamente carregadas pelo vento. Assim, cada nuvem (que já nasce especialmente para uma outra e já conhece a sua localização) espera o vento bater, para ser levada, devagarinho, para o ponto de encontro previamente combinado com a outra.
Quando a gente pensa com cuidado nessa teoria, percebe que ela faz todo o sentido. As nuvens do céu, um dia, foram ou serão de alguém. Elas estão juntas, grudadinhas, combinando pra onde cada uma vai e onde vão se encontrar. Quando decidem, elas estão prontas pra chover.
A teoria das nuvens gêmeas também explica o porquê de tantos relacionamentos que não deram certo; às vezes, nossas nuvens confundem um pouco as cores umas das outras. Nuvens de cores diferentes convivem por um tempo, mas, inevitavelmente, se separam. Nuvens de cores diferentes não podem fazer chover. Só quando a nossa nuvem encontra a nossa nuvem gêmea, a gente fica completo. Até lá, a gente precisa ter paciência e entender que até as nuvens se enganam, e que, mesmo que inconscientemente, existe uma nuvem que nasceu pra gente. E mais dia, menos dia, a gente vai sentir a tempestade do encontro das duas.

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