Como pedreiros constroem casas, os Deuses construíram o mundo, só que em maiores dimensões. Primeiro, um pouquinho de pó-de-estrela. Depois, mágica; não mágica mundana, mágica que era realmente mágica. Juntou-se matéria verde e matéria azul. Ficou como uma massinha de modelar, mole; então, um sopro mágico endureceu a verde até que sua superfície ficasse crocante, e a azul até que ficasse cremosa.
O próximo passo foi fazer seres viventes. Primeiro, o molde foi errado. Ficaram pequenos demais, então, ganharam barbatanas e se chamaram peixes. Depois, ficaram grandes demais, então juntaram-se à massa de modelar crocante e tornaram-se montanhas. Deuses também erram, sabe?
Finalmente, fizeram seres no tamanho certo. Eles podiam se desenvolver dentro do corpo de uma progenitora e atingir um tamanho adequado depois. Podiam interagir, podiam dar continuidade a todo o trabalho dos Deuses. Então foram lançados ao mundo.
As primeiras raças desses seres eram mutáveis até demais. Aquelas que pegaram sol ficaram da cor da terra, e aqueles que vieram da neve ficaram claros, da cor das nuvens de chuva. Os que viviam nas florestas ficaram vermelhos, para que pudessem se camuflar; por fim, a raça do oriente do recém-criado mundo ficaram amarelos, da cor do sol nascente.
Os Deuses desceram ao mundo que criaram para supervisionar e acabaram se tornando parte desta criação. Eles esqueceram de dar aos seres humanos o dom de ser imortais, de ter para sempre sua carne. Sofreram do mesmo mal. Seus corpos mundanos faleceram e eles voltaram a ser Deuses, prometendo aos humanos que sempre estariam por perto observando. Então, tornaram-se estrelas.
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