Minha bisavó paterna me contava histórias da viagem de carro do Rio Grande do Sul pra Roraima, nos anos 70, e eu acho que seria capaz de narrar com perfeição esses dezessete dias que nem vivi, se alguém me perguntasse. Ela me servia montanhas de comida no prato e sempre me dava muito chocolate. Ela me alfabetizou e dividimos a paixão por palavras cruzadas.
Minha avó materna é a pessoa que mais me ajuda. Sem ela, haveria situações que eu realmente nunca conseguiria contornar. Ela é bióloga (casa de ferreiro, espeto de pau) e toca piano. Parece rígida, mas, na verdade, é uma manteiga derretida. Nenhuma de nós duas tem senso de direção e, quase sempre, quando saímos juntas, acabamos perdidas.
Minha bisavó materna faleceu quando eu tinha dois anos de idade e a avó paterna faleceu antes que eu a conhecesse, mas tenho certeza que se tivesse convivido com elas veria muitas coisas em comum. Assim como relatei nos parágrafos anteriores.
Bem, tem problemas que os pais não resolvem e situações em que os pais não bastam. É pra isso que servem as avós, aqueles colinhos infinito e cheios de experiência com os quais a gente sempre pode contar.
(Tenho certeza que minha vó não vai ver isso, porque ela só usa o computador pra jogar paciência e fazer pesquisa, mas o que vale é a intenção. Feliz dia da avó!)
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