terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Felicidade
Eu o via rapidamente a cada duas horas e meia, em média, mas especialmente naquele dia, ficaríamos quase uma hora juntos. Às vezes eu tinha essa sorte. Trocávamos poucas palavras, por serem elas tão dispensáveis. Estávamos sentados, um ao lado do outro, em silêncio, em meio a dezenas de outras pessoas, assistindo uma adulta falar sobre qualquer coisa à qual não prestávamos atenção. Às vezes nos olhávamos, mas eu sempre o observava. Estendi minha mão e a coloquei sobre a perna esquerda dele. Senti a mão gelada dele vir, rapidamente, ao encontro da minha, e me afagar. Sorrindo, transbordei felicidade.
Desafio dos 50 Dias
Dia 22: A foto de quem você quer passar a vida inteira junto
Tomara que eu sempre escute a mim mesma.
Tomara que eu sempre escute a mim mesma.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Desafio dos 50 Dias
Dia 20: Uma foto que represente um arrependimento
Sempre fui muito acomodada, desinteressada, relaxada, e acabei perdendo algumas boas oportunidades com isso.
Sempre fui muito acomodada, desinteressada, relaxada, e acabei perdendo algumas boas oportunidades com isso.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
sábado, 4 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Uma Pequena Viagem
Aconteceu quando eu tinha 8 anos. Estava na escola e fui abrir minha mochila, que era enorme, quase do meu tamanho, com rodas vermelhas, quando minhas mãos ficaram cheias de purpurina assim que toquei o zíper. "Mas nem tem purpurina em casa", pensei. Despreocupada, como sempre fui, só percebi que estava encrencada quando fui puxada para dentro da mochila e descobri nela um universo paralelo. É, isso saía um pouco do comum. Fui recebida por um centauro enorme, que me deu um abraço e me levou para passear, enquanto me contava da vida em seu mundo. Almoçamos com um fauno e depois eu cavalguei num unicórnio. Joguei Uno com a Medusa e pratiquei meu nado borboleta com uma sereia. Depois, voei num grifo, fiz carinho na cabeça de um lobisomem e presenciei a morte e o renascimento de uma fênix. Quando o dia acabou, um dragão acendeu uma lareira para mim. Jantamos, acompanhados de ninfas, e, quando constataram que estava muito tarde para uma criança de 8 anos, meu amigo centauro me trouxe de volta ao universo de fora da minha mochila; então, finalmente, peguei o caderno para copiar a tarefa do dia.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
O Peregrino de Almas
Era um enorme mistério: pessoas que levavam vidas tristes e medíocres, de repente, viravam pessoas felizes e de bem com a vida. Gargalhavam o dia inteiro, ficavam sempre de bom humor, prestativas, e nunca mais apresentavam sinais de tristeza novamente. Os médicos achavam que tratava-se de uma condição mental, os espíritas diziam que eram espíritos bons que os curavam da tristeza e os cientistas pesquisavam freneticamente uma explicação no corpo humano. O mais curioso era o fato de que isso só acontecia com uma pessoa por vez, e, aos poucos, a tristeza do mundo foi acabando.
Descobriu-se o Peregrino de Almas. Ele era um disco prateado que habitava as íris dos olhos dessas pessoas, e nenhum profissional nunca encontrou qualquer indício biológico de que ele estivera lá. O "doente" acordava um dia com o disco nos olhos, e melhorava aos poucos. Quinze dias depois, o disco ia embora. Essa história permaneceu sem explicação durante todos os anos durante os quais o Peregrino de Almas atuou.
Se ele ainda atua, o que era, o que mudava nas pessoas, ninguém sabe. Nem se sabe, na verdade, se ele existiu; nossas mentes nos pregam tantas peças..
Descobriu-se o Peregrino de Almas. Ele era um disco prateado que habitava as íris dos olhos dessas pessoas, e nenhum profissional nunca encontrou qualquer indício biológico de que ele estivera lá. O "doente" acordava um dia com o disco nos olhos, e melhorava aos poucos. Quinze dias depois, o disco ia embora. Essa história permaneceu sem explicação durante todos os anos durante os quais o Peregrino de Almas atuou.
Se ele ainda atua, o que era, o que mudava nas pessoas, ninguém sabe. Nem se sabe, na verdade, se ele existiu; nossas mentes nos pregam tantas peças..
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