domingo, 23 de outubro de 2011

Eu te Amo



- Sabe de uma coisa?
- Não.
- Eu te amo - Ele falou devagar, com clareza, como se estivesse lendo ou houvesse ensaiado antes. A espontaneidade foi óbvia, tanto quanto o brilho no olhar. Houve um momento de silêncio. Ela olhou para baixo, incrédula. Fechou os olhos. Houve um clarão, um sentimento de serenidade e vitória. Ela riu. Não conseguia dizer nada, mas riu, feliz, como havia muito tempo não fazia. Seu coração batia tão forte e as palavras, todas, sumiram da sua cabeça com tanta rapidez que chegava a ser levemente desesperador. Ela o abraçou intensamente, ainda rindo e transbordando de felicidade. Acariciou-o de leve, fitou-o ternamente e, finalmente, conseguiu falar.
- Eu te amo também.

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