sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Um Vôo Para Chamar de Meu

Por algum tempo, houve o barulho do vento forte nas minhas orelhas e a adrenalina de estar em queda livre a onze mil pés de altitude. Não houve medo, eu já havia feito isso uma vez. Houve apenas a êxtase. É a melhor sensação que eu já conheci - aliás, passaria o resto da vida em queda livre, tranquilamente.
E houve a melhor parte do trajeto avião - solo: a parte em que a queda livre acaba e você, bruscamente, para de cair e se encontra seguro pelo pára-quedas. Só aí você percebe o quanto a adrenalina foi grande e gargalha incontrolavelmente. E rodopia no ar. A paz é enorme, incomparavelmente enorme. E todo o resto do mundo que você conhece está longe, porque você está no céu, e nada pode te atingir.
Eu não fazia idéia da distância do chão a que nós estávamos, mas não conseguia ver nem os carros passando nas ruas. Via o lago, que, do alto, era verde-esmeralda, e a enorme fazenda, que parecia um cenário de filme. Aos poucos, comecei a ver os pontinhos se movimentando: pessoas e carros. Vi a grama, o vento esquentou, recebi um sinal para levantar as pernas, outro para pisar no chão, e o vôo acabou. Tudo isso em 5 minutos.
Acho que todo ser humano já quis voar. Acho, também, que o maior erro de design dos humanos é não ter asas. E outra coisa que acho é que voar é muito bom. Aliás, afirmo: voar é maravilhoso.

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