Eu nunca tinha conhecido ninguém tão pegador quanto aquele cara, o Felipe. Toda vez que a gente se falava, ele tava com uma namorada diferente. Uma pra cada fim-de-semana, uma pra cada festa que ele ia, uma pra cada signo do zodíaco, uma pra cada ano da sua vida, e, logo, logo, uma pra cada letra do alfabeto. Da Ana Luísa à Zaíne. E ele só tinha 21 anos. Eu nunca o havia visto verdadeiramente apaixonado. Eram casos, e mais casos, e mais casos, e eu me perguntava como era possível que uma pessoa pudesse não se cansar dessa vida tão errante. Mas, enfim, por obra do destino, ou sei lá, um dia ele encontrou uma garota que não se permitiu ser jogada na parede instantaneamente. Numa festa (risos irônicos). Deve ter sido a primeira vez que ele sentiu o chão tremer e as estrelas brilharem, finalmente. Sabe o que é ainda mais irônico? O nome dela começa com a primeira letra do alfabeto.
Dedicado ao meu heartbrother, Felipe Cruz, e à namorada dele, Amanda Dantas.
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