Estava me lembrando de uma conversa que tive com alguém muito sábio, um dia desses, sobre religião e crenças; essa pessoa não sabia em que acreditar, e foi uma das poucas vezes em que eu entendi perfeitamente o que alguém quer dizer. A discussão acabou, mas eu continuei refletindo, e acabei descobrindo que também não faço idéia de qual seja minha crença.
Só depois me ocorreu que a gente não precisa acreditar em nada imaterial. Quer dizer, eu defendo até a morte a teoria de que haja algo maior que a humanidade, algo superior, mas não sei se é Jesus Cristo, Buda, Alá ou aqueles milhões de deuses gregos e romanos. É que talvez todos eles sejam de verdade, mas talvez todos sejam de mentira, sabe? Isso dá um nó sem tamanho na minha cabeça.
Não importa a religião que se segue, nem o(s) deus(es) em que se acredita. O que importa é que tudo tem a mesma essência: não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem a você. Pronto, tá aí o segredo da evolução. É essa a filosofia da minha vida, e eu acho que ela é muito boa. Se colocar no lugar dos outros. Se todo mundo fizesse isso, as pessoas iam se entender muito melhor.
Um dia desses, eu estava dizendo, no Twitter, que não adianta crer fervorosamente em um deus e orar todos os dias se você não colocar essas coisas do coração em prática. Não sei vocês, mas, eu, quando vejo gente necessitada, sinto uma vontade enorme de ajudar. Quer dizer, não adianta obedecer todas as regras de uma religião (tipo aquela religião que não deixa você adorar imagens de santos, não vou citar nomes porque sou leiga nesse assunto, mesmo) e pedir ao seu deus que os necessitados tenham as necessidades supridas se você joga suas sobras fora; é melhor não pedir nada às divindades e ir ali no abrigo, passar um tempo com quem precisa e levar umas roupas usadas, um pouco de comida, um pouco de carinho; e sendo assim, o que move o mundo não é a fé, e sim o altruísmo.
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