Deu um pulo da cama, e, em cinco minutos, estava no escritório, sozinha. Mais alguns minutos, e estava tocando a campainha de Serafim desesperadamente.
- Carolina, o que é que você quer? São oito da manhã, pelo amor de Deus!
- Elas passaram o Carnaval em Salvador. Juntas, no mesmo hotel.
- Chame as mães.
Luísa fora sozinha, tinha família na cidade. Mariana estava acompanhada de duas amigas que haviam sido interrogadas, mas não se lembravam de muita coisa, porque passaram a noite do Carnaval bebendo como se não houvesse amanhã. Mesmo assim, Carolina fez questão de chamar Maria Clara, uma delas, que parecia um tanto omissa.
- Já disse que não lembro de nada - ela rebatia todas as perguntas com a mesma resposta.
- Você não bebe. Seu namorado disse que você não bebe. Ou você está mentindo para ele, ou para nós, e, se for para nós, isso é crime.
- Não lembro muito bem que horas saímos do hotel. Eu, Mariana e Letícia. A gente foi à praia e depois foi direto pular carnaval. Tinha muita gente, mal dava pra ficarmos juntas, então resolvemos que a primeira que chegasse ao hotel de volta ligaria para as outras. Eu não bebo, mesmo, fiquei dançando até amanhecer. Mas teve uma hora em que fui passear um pouco e saí do meio da multidão. Encontrei Letícia, ela estava meio bêbada, mas continuava sozinha. Nenhuma de nós viu Mariana, até o amanhecer, mais ou menos cinco e meia, seis horas.. Já estávamos juntas de novo, mas ela tinha sumido. Fomos comprar umas bebidas e ouvimos ela gritando. Quando nos aproximamos, ela estava brigando com um homem e uma mulher, não sabíamos quem eram, não interferimos. Fomos embora, voltamos pro hotel e ligamos pra ela. Uma hora depois, ela chegou e contou que estava de rolo com ele pela internet há alguns meses, e eles tinham combinado de se encontrar em Salvador no carnaval, mas quando ela o reconheceu ele estava ficando com outra garota.
- Ela disse o nome dessa outra garota?
- Acho que era Luísa.
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