Underwater foi a primeira história que eu escrevi. Esse é o texto da minha prova bimestral de redação, que leva o mesmo título, traduzido. É só uma pequena parte da história e está resumida e um pouco mudada pra atender às exigências da proposta.
Meu nome é Marinne Harrinton. Morava na Flórida com minha mãe e meu padrasto, jogador de beisebol , milionário que sempre me odiara. Quando comecei a confrontá-lo, minha mãe me mandou para morar com o irmão dela em uma província na Califórnia, cuja população era onze vezes menor que o número de turistas que a Disney recebe por mês.
Eu era conhecida por ser fissurada por água e por sempre querer contato com ela. Meu tio Alan, com quem eu morava, havia sofrido um acidente e estava em coma, me deixando sozinha. Eu me culpei por isso e estava em depressão. Fui até a farmácia depois de jantar, comprar um picolé, mas acabei perdendo a noção do tempo e vagando pela rua sem vontade de nada.
Meia noite. Cansada e com sono, eu ivnha caminhando pela rua deserta quando, de repente, ouvi umas pisadinhas leves atrás de mim. Senti frio no estômago.
- Marinne - a voz me chamava.
Meu coração acelerou e eu fui inundada pela adrenalina que me fez correr. Mas fui alcançada. Alguém com o corpo quente pulou sobre mim e me abraçou ferozmente, apesar da minha insistência.
- Marinne, amanhã Leonard Lucca e seus amigos vão à praia jogar vôlei e te chamaram, lembra? Você se lembra? Responda! - Ele me chacoalhou.
- Sim - respondi baixinho, gaguejando e quase sem ar.
- Compareça. A vida de Alan depende disso.
Ele me soltou e desapareceu.
Eu amava Leonard e iria a qualquer lugar com ele. O amava desde o primeiro dia em que nos vimos e sabia que ele sentia o mesmo, mas éramos ambos tímidos demais para admitir.
Choveu a noite toda, mas no dia seguinte o sol e o céu azul me convidaram a jogar. Eu estava deitada quando o telefone tocou. Era Leonard.
- Nim - ele me chamava pelo apelido - você vai à praia?
- Vou - respondi.
- Vou buscar você. Meia hora?
- Claro.
- Nos vemos lá.
Eu fui me arrumar. Vesti um biquíni vermelho e uma canga azul que realçava meus olhos. Naquele dia a depressão esmagava violentamente todos os meus outros sentimentos.
Leonard me levou até a praia, tentando, sem sucesso, me animar.
O vôlei teria sido maravilhoso se eu não estivesse deprimida. Os gritos das pessoas me lembraram do acidente que eu e meu pai havíamos sofrido havia 3 anos e que o havia matado, e o sol fazia minhas cicatrizes arderem. No fim, estava tão perturbada que tomei uma decisão que mudou tudo.
Ia me suicidar.
A adrenalina tomou conta de mim de novo, e, após me despedir de todos, eu corri. Pulei com toda a força do despenhadeiro de 800 metros sobre o qual a cidade crescera. Ouvi gritos.
Atingi a água com força. Se meu corpo não estivesse reto e retesado, eu teria morrido na queda. Meu nariz se encheu de sal e meus pulmões imploravam por ae. Aos poucos, afundei e fiquei com sono.
Quando estava prestes a desmaiar, uma luz grudou em mim. E outra. E mais uma. De repente, eu estava coberta de luz, girando e descendo, num rodamoinho. Perdi a consciência.
Quando acordei estava deitada e vi Leonard Lucca ao meu lado, sem camisa, gritando loucamente em uma língua estranha, que, para minha surpresa, eu entendia. Tentei gritar, mas não houve som - apenas bolhas de um ar que eu não sabia que tinha.
Bolhas?
Algas. Peixes. Bolhas. Eu estava no fundo do mar. Sentei-me repentinamente e senti dificuldade em mexer as pernas. Leonard parou e me olhou. Um olhar piedoso, talvez até... Apaixonado. Me perdi um pouco, mas olhei para suas pernas e vi uma cauda. De peixe. Uma cauda enorme e cheia de escamas. E o homem ao seu lado tinha as mesmas características. E eu tinha também uma enorme cauda, reluzente e comprida como a de Leonard. Arfei e entendi.
Eu era uma sereia.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
O Príncipe e a Bailarina - Primeiras Linhas
acordei com o som da leve chuva que caía do céu na diagonal, tamborilando no vidro da minha janela. Levantei, calcei as pantufas e andei em direção à sala de banho. Escovei os dentes, lavei o rosto e voltei ao quarto. Abri a porta. Ainda meio grogue, desci o primeiro lance de escadas em direção à ala norte do palácio. Alguns passos depois estava na enorme cozinha.
- Vossa Alteza não deveria estar aqui... - ouvi Jeanna murmurando atrás de mim.
- Desculpe. Acordei com fome, mas não queria dar trabalho a você - respondi sem jeito, colocando uma mão no ombro direito dela.
- Vá para a mesa e eu levo seu café.
Jeanna cuidava de mim desde que eu era um bebê. Ela conhecera todas as minhas ficantes e todos os meus amigos. Sabia de tudo que se passava pela minha cabeça. Se fosse religioso, eu diria que ela era meu anjo da guarda.
Abri mais algumas portas e sentei-me em meu lugar à majestosa mesa de 60 lugares que tinha mais de 300 anos e pertencia à minha família desde que fora fabricada. Era a única exemplar no mundo inteiro.
Jeanna, que tinha a pele morena à brasileira e grandes olhos castanhos, trouxe frutas, pão e uma colher de chá de mel que me dava todos os dias.
- Trouxe achocolatado - ela disse sorrindo.
- Obrigado. Você é mesmo incrível - sorri de volta.
Eu devia ser o único príncipe no mundo que tomava achocolatado e tinha vergonha desse hábito. Nunca havia contado para ninguém sobre isso.
- E como você ficou com Tereza?
- Não estamos mais juntos há algum tempo...
- Eu sei. Você ainda tem sentimentos por ela?
- Acho que não. Quer dizer, talvez. Mas ela não é a mulher da minha vida.
- Como você tem tanta certeza?
- Porque quando conhecer a mulher da minha vida não vou ter nenhuma dúvida de que é ela..
Jeanna riu e retirou-se. Ouvi passos. Mamãe entrou na sala.
- Bom dia, Guilherme.
- Bom dia, mamãe.
Cristina entrou na sala, nos desejou bom dia e puxou a cadeira para que mamãe se sentasse.
- O que Vossa Alteza Real deseja comer hoje?
- Não estou bem-disposta, Cristina. Hoje, traga-me suco de fruta e alguns daqueles brioches que Lorde Anderrau trouxe ontem, por favor.
Ela saiu da sala.
- Lavínia!
- Bom dia, Delfim.
- Por que o jardineiro está mexendo no meu pomar?
- Porque o pomar é propriedade pública e precisa ser podado. Agora, deixe de reclamar. Sente-se e venha tomar café. As meninas devem estar descendo.
- Bom dia, Guilherme.
- Bom dia, papai.
Minhas irmãs entraram por último.
- Bom dia, flores do dia! - Amábile disse.
- Bom dia, Amábile. - todos respondemos.
- Bom dia, Guilherme. - Eloísa falava com um de cada vez, sempre.
- Bom dia, Eloísa.
- Bom dia, papai.
- Bom dia, filha.
- Bom dia, mamãe.
- Bom dia, querida.
E durante aquele momento, nós éramos uma família comum reunida para o café da manhã.
- Mamãe - Amábile foi a primeira a romper o silêncio.
- Sim?
- Eloísa e eu decidimos aprender a dançar.
- Dançar o que?
- Ballet e valsa. Todas as princesas hoje em dia dançam.
- E como vocês pretendem fazer isso?
- Queremos contratar um professor.
- Mas como vamos encontrar um professor?
- Eloísa, me ajude aqui..
- Mãe, é só espalhar alguns anúncios pela cidade. As pessoas virão se apresentar e nós iremos escolher o que mais nos agrada.
Enquanto mamãe, Eloísa e Amábile discutiam, eu e papai observávamos. Mas ele se intrometeu.
- Um professor, não.
- O quê? - Eloísa pareceu surpresa.
- Professora. Uma professora, e não um professor.
- Por quê? - Perguntou Amábile.
- Porque não quero que nenhuma de vocês duas contrate um professor só para se apaixonar. Não quero problemas, vocês sabem como funciona nessa família, sabem que não podem se apaixonar por qualquer um. Então, para evitar problemas, uma professora.
- E Guilherme? - Amábile rebateu.
- O que tem eu? - Perguntei.
- Você se apaixonaria pela professora.
- Guilherme tem Tereza.
- Na verdade, pai, faz meses que eu e Tereza não estamos mais juntos. Mas não vou me apaixonar por ninguém..
- Você também quer aprender a dançar ballet e valsa, Guilherme? - Papai pareceu bravo.
- Algum problema se eu quiser?
- São danças femininas.
Aquilo irritou Eloísa, que era extremamente artística.
- Danças não têm sexo, papai. Homens podem dançar ballet tanto quanto mulheres podem praticar dança de rua.
- Não se intrometa, Eloísa! - Papai esbravejou.
- Você quer dançar ballet e valsa, Guilherme?
- Sim, papai.
- Então comprometa-se a não se apaixonar.
- Eu me comprometo a não me apaixonar - repeti.
- Então, parece que precisamos de alguns panfletos. Subam, tomem banho, se arrumem e desçam. Cristina?
Cristina entrou na sala.
- Sim?
- Ligue para uma gráfica.
- Sim, Vossa Alteza Real.
Jenna me alcançou no corredor.
- Você vai aprender a dançar ballet e valsa?
- Claro que não. São danças femininas!
- Então por que disse que ia?
- Para irritar papai.
- Você não tem jeito.. - Ela bagunçou meu cabelo. - Agora vá se arrumar.
Essas são as primeiras linhas de 'O Príncipe e a Bailarina'. Ainda não estão perfeitas, precisam de vááários ajustes, mas eu já me envolvi tanto com essa história que não pude deixá-la continuar sendo só um rascunho no meu blog. Tomara que agrade.
- Vossa Alteza não deveria estar aqui... - ouvi Jeanna murmurando atrás de mim.
- Desculpe. Acordei com fome, mas não queria dar trabalho a você - respondi sem jeito, colocando uma mão no ombro direito dela.
- Vá para a mesa e eu levo seu café.
Jeanna cuidava de mim desde que eu era um bebê. Ela conhecera todas as minhas ficantes e todos os meus amigos. Sabia de tudo que se passava pela minha cabeça. Se fosse religioso, eu diria que ela era meu anjo da guarda.
Abri mais algumas portas e sentei-me em meu lugar à majestosa mesa de 60 lugares que tinha mais de 300 anos e pertencia à minha família desde que fora fabricada. Era a única exemplar no mundo inteiro.
Jeanna, que tinha a pele morena à brasileira e grandes olhos castanhos, trouxe frutas, pão e uma colher de chá de mel que me dava todos os dias.
- Trouxe achocolatado - ela disse sorrindo.
- Obrigado. Você é mesmo incrível - sorri de volta.
Eu devia ser o único príncipe no mundo que tomava achocolatado e tinha vergonha desse hábito. Nunca havia contado para ninguém sobre isso.
- E como você ficou com Tereza?
- Não estamos mais juntos há algum tempo...
- Eu sei. Você ainda tem sentimentos por ela?
- Acho que não. Quer dizer, talvez. Mas ela não é a mulher da minha vida.
- Como você tem tanta certeza?
- Porque quando conhecer a mulher da minha vida não vou ter nenhuma dúvida de que é ela..
Jeanna riu e retirou-se. Ouvi passos. Mamãe entrou na sala.
- Bom dia, Guilherme.
- Bom dia, mamãe.
Cristina entrou na sala, nos desejou bom dia e puxou a cadeira para que mamãe se sentasse.
- O que Vossa Alteza Real deseja comer hoje?
- Não estou bem-disposta, Cristina. Hoje, traga-me suco de fruta e alguns daqueles brioches que Lorde Anderrau trouxe ontem, por favor.
Ela saiu da sala.
- Lavínia!
- Bom dia, Delfim.
- Por que o jardineiro está mexendo no meu pomar?
- Porque o pomar é propriedade pública e precisa ser podado. Agora, deixe de reclamar. Sente-se e venha tomar café. As meninas devem estar descendo.
- Bom dia, Guilherme.
- Bom dia, papai.
Minhas irmãs entraram por último.
- Bom dia, flores do dia! - Amábile disse.
- Bom dia, Amábile. - todos respondemos.
- Bom dia, Guilherme. - Eloísa falava com um de cada vez, sempre.
- Bom dia, Eloísa.
- Bom dia, papai.
- Bom dia, filha.
- Bom dia, mamãe.
- Bom dia, querida.
E durante aquele momento, nós éramos uma família comum reunida para o café da manhã.
- Mamãe - Amábile foi a primeira a romper o silêncio.
- Sim?
- Eloísa e eu decidimos aprender a dançar.
- Dançar o que?
- Ballet e valsa. Todas as princesas hoje em dia dançam.
- E como vocês pretendem fazer isso?
- Queremos contratar um professor.
- Mas como vamos encontrar um professor?
- Eloísa, me ajude aqui..
- Mãe, é só espalhar alguns anúncios pela cidade. As pessoas virão se apresentar e nós iremos escolher o que mais nos agrada.
Enquanto mamãe, Eloísa e Amábile discutiam, eu e papai observávamos. Mas ele se intrometeu.
- Um professor, não.
- O quê? - Eloísa pareceu surpresa.
- Professora. Uma professora, e não um professor.
- Por quê? - Perguntou Amábile.
- Porque não quero que nenhuma de vocês duas contrate um professor só para se apaixonar. Não quero problemas, vocês sabem como funciona nessa família, sabem que não podem se apaixonar por qualquer um. Então, para evitar problemas, uma professora.
- E Guilherme? - Amábile rebateu.
- O que tem eu? - Perguntei.
- Você se apaixonaria pela professora.
- Guilherme tem Tereza.
- Na verdade, pai, faz meses que eu e Tereza não estamos mais juntos. Mas não vou me apaixonar por ninguém..
- Você também quer aprender a dançar ballet e valsa, Guilherme? - Papai pareceu bravo.
- Algum problema se eu quiser?
- São danças femininas.
Aquilo irritou Eloísa, que era extremamente artística.
- Danças não têm sexo, papai. Homens podem dançar ballet tanto quanto mulheres podem praticar dança de rua.
- Não se intrometa, Eloísa! - Papai esbravejou.
- Você quer dançar ballet e valsa, Guilherme?
- Sim, papai.
- Então comprometa-se a não se apaixonar.
- Eu me comprometo a não me apaixonar - repeti.
- Então, parece que precisamos de alguns panfletos. Subam, tomem banho, se arrumem e desçam. Cristina?
Cristina entrou na sala.
- Sim?
- Ligue para uma gráfica.
- Sim, Vossa Alteza Real.
Jenna me alcançou no corredor.
- Você vai aprender a dançar ballet e valsa?
- Claro que não. São danças femininas!
- Então por que disse que ia?
- Para irritar papai.
- Você não tem jeito.. - Ela bagunçou meu cabelo. - Agora vá se arrumar.
Essas são as primeiras linhas de 'O Príncipe e a Bailarina'. Ainda não estão perfeitas, precisam de vááários ajustes, mas eu já me envolvi tanto com essa história que não pude deixá-la continuar sendo só um rascunho no meu blog. Tomara que agrade.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
A Ilha Desconhecida
Matias passara anos amando Clara em silêncio, mas naquele dia acordou respirando coragem.
- O que você quer para ficar comigo?
- Uma caravela - ela respondeu com toda a sinceridade.
Os dois tinham apenas treze anos. Matias não presenteou Clara devidamente bem, então nenhum romance aconteceu.
Matias foi ser piloto. Clara fez direito, No primeiro ano da faculdade, ele ainda não a havia esquecido. Contou a história ao melhor amigo, Leopoldo.
- Cara, você tem que ir atrás dela!
- Você acha que ela já não tem alguém?
- Tenta, cara. Tenta. Não vai se arrepender.
No dia seguinte, lá estava ele em um avião indo vê-la.
Não sabia nem onde ela morava; telefonou para um número antigo que tinha. Ela atendeu. Estava em audiência e o encontraria no Starbucks do shopping Leblon em quarenta minutos. Ele foi imediatamente; ela foi pontual. Sentou-se ao seu lado com um frappuccino de caramelo. Matias pediu para levá-la em casa. Pegaram um táxi até a rua Djalma Ulrich, onde ela morava. Clara se arriscou:
- Você quer entrar?
Não seria prudente contar o que aconteceu depois - basta dizer que as coisas deram certo para o casal.
Dois anos depois, os formandos estavam se casando, à beira-mar. Era de manhã. Beijaram-se.
- Eu tenho um presente para você - disse Matias. Ele guardara o melhor para o final.
Depois, o sol mal acabou de nascer, o homem e a mulher foram pintar na proa do barco, de um lado e do outro, em letras brancas, o nome que faltava dar à caravela. pela hora do meio dia, com a maré, A Ilha Desconhecida fez-se ao mar à procura de si mesmo.
Produzido em 12/05/11 sob a orientação da professora Tina Fraulob. O último parágrafo, em itálico, é um fragmento do conto A Ilha Desconhecida, de José Saramago.
- O que você quer para ficar comigo?
- Uma caravela - ela respondeu com toda a sinceridade.
Os dois tinham apenas treze anos. Matias não presenteou Clara devidamente bem, então nenhum romance aconteceu.
Matias foi ser piloto. Clara fez direito, No primeiro ano da faculdade, ele ainda não a havia esquecido. Contou a história ao melhor amigo, Leopoldo.
- Cara, você tem que ir atrás dela!
- Você acha que ela já não tem alguém?
- Tenta, cara. Tenta. Não vai se arrepender.
No dia seguinte, lá estava ele em um avião indo vê-la.
Não sabia nem onde ela morava; telefonou para um número antigo que tinha. Ela atendeu. Estava em audiência e o encontraria no Starbucks do shopping Leblon em quarenta minutos. Ele foi imediatamente; ela foi pontual. Sentou-se ao seu lado com um frappuccino de caramelo. Matias pediu para levá-la em casa. Pegaram um táxi até a rua Djalma Ulrich, onde ela morava. Clara se arriscou:
- Você quer entrar?
Não seria prudente contar o que aconteceu depois - basta dizer que as coisas deram certo para o casal.
Dois anos depois, os formandos estavam se casando, à beira-mar. Era de manhã. Beijaram-se.
- Eu tenho um presente para você - disse Matias. Ele guardara o melhor para o final.
Depois, o sol mal acabou de nascer, o homem e a mulher foram pintar na proa do barco, de um lado e do outro, em letras brancas, o nome que faltava dar à caravela. pela hora do meio dia, com a maré, A Ilha Desconhecida fez-se ao mar à procura de si mesmo.
Produzido em 12/05/11 sob a orientação da professora Tina Fraulob. O último parágrafo, em itálico, é um fragmento do conto A Ilha Desconhecida, de José Saramago.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Sala de Cinema
Ontem fui ao cinema com meu namorado assistir Transformers 3, e aceitei um exemplar da Sala de Cinema, revista 100% boa-vistense. Sentei ainda agora pra ler e senti a necessidade incontrolável de vir aqui, rezando pra que alguém que trabalha nessa revista ou conhece alguém que trabalha leia essa postagem.
Nossa senhora, essa revista é a pior que eu já li. É pior que as revistas que eu manufaturava quando tinha 10 anos de idade - sempre fui boa em concordância, ao contrário das pessoas da Sala de Cinema.
A resolução das imagens é péssima, as artes visuais são malfeitas, os textos são de um nível tão ruim que até cirnacinha escreve melhor. Isso pra não dizer que as imagens que eles pegam do GOOGLE são em inglês, pra uma revista brasileira. Não é uma revista informativa, é uma revista de fofoca. Com matérias como "Robert Pattinson dá toda a atenção às fãs na estreia de Água Para Elefantes", eles escrevem na capa da revista que é um INFORME. Ah, me poupe.
Tomara que alguém muito importante esteja lendo isso, tomara. As pessoas da Sala de Cinema têm a chance de mudar pra sempre a comunicação social, o jornalismo e a imagem da cidade de Boa Vista e do estado de Roraima e me fazem uma cagada dessas! Ah, me poupe, de novo. Me poupe MESMO.
Também quero dizer que a Sala de Cinema deveria destacar o cinema roraimense, porque não faltam veículos para destacar o cinema mundial. Festival de Cannes, Robert Pattinson, maiores casais do cinema, isso se digita no Google para saber e os resultados são muitos. Nos dias 18 e 19 de junho, foi exibido um filme local chamado O Estranho, no Cine Sesc Mecejana. Está em cartaz uma peça da companhia de teatro Criart, no Jaber Xaud. Alguém se lembrou de colocar isso na revista?
A revista Sala de Cinema podia ir nas escolas e pedir aos alunos que escrevessem redações sobre o cinema. Podia selecionar os melhores para fazerem uma matéria. Podia fazer concursos para motivar as pessoas a escrever. Podia fazer matérias sobre como os filmes chegam a Boa Vista, sobre como funciona o processo de filmagem ou exibição dos filmes, sobre como se faz uma revista sobre cinema. Podia destacar os cinegrafistas e cineastas locais. Podia fazer uma revolução, mas isso exige trabalho. Aqui está a notícia pra vocês, equipe Sala de Cinema: não é só dizer "eu participo de uma revista sobre cinema", é dizer "eu mudo alguma coisa na vida das pessoas roraimenses com uma revista sobre cinema."
Agora, se vocês me dão licença, eu vou ali jogar a minha Sala de Cinema no lixo.
Nossa senhora, essa revista é a pior que eu já li. É pior que as revistas que eu manufaturava quando tinha 10 anos de idade - sempre fui boa em concordância, ao contrário das pessoas da Sala de Cinema.
A resolução das imagens é péssima, as artes visuais são malfeitas, os textos são de um nível tão ruim que até cirnacinha escreve melhor. Isso pra não dizer que as imagens que eles pegam do GOOGLE são em inglês, pra uma revista brasileira. Não é uma revista informativa, é uma revista de fofoca. Com matérias como "Robert Pattinson dá toda a atenção às fãs na estreia de Água Para Elefantes", eles escrevem na capa da revista que é um INFORME. Ah, me poupe.
Tomara que alguém muito importante esteja lendo isso, tomara. As pessoas da Sala de Cinema têm a chance de mudar pra sempre a comunicação social, o jornalismo e a imagem da cidade de Boa Vista e do estado de Roraima e me fazem uma cagada dessas! Ah, me poupe, de novo. Me poupe MESMO.
Também quero dizer que a Sala de Cinema deveria destacar o cinema roraimense, porque não faltam veículos para destacar o cinema mundial. Festival de Cannes, Robert Pattinson, maiores casais do cinema, isso se digita no Google para saber e os resultados são muitos. Nos dias 18 e 19 de junho, foi exibido um filme local chamado O Estranho, no Cine Sesc Mecejana. Está em cartaz uma peça da companhia de teatro Criart, no Jaber Xaud. Alguém se lembrou de colocar isso na revista?
A revista Sala de Cinema podia ir nas escolas e pedir aos alunos que escrevessem redações sobre o cinema. Podia selecionar os melhores para fazerem uma matéria. Podia fazer concursos para motivar as pessoas a escrever. Podia fazer matérias sobre como os filmes chegam a Boa Vista, sobre como funciona o processo de filmagem ou exibição dos filmes, sobre como se faz uma revista sobre cinema. Podia destacar os cinegrafistas e cineastas locais. Podia fazer uma revolução, mas isso exige trabalho. Aqui está a notícia pra vocês, equipe Sala de Cinema: não é só dizer "eu participo de uma revista sobre cinema", é dizer "eu mudo alguma coisa na vida das pessoas roraimenses com uma revista sobre cinema."
Agora, se vocês me dão licença, eu vou ali jogar a minha Sala de Cinema no lixo.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
ooois
desculpem a demora, o blog tava até criando teias de aranha! Prometo que não faço mais isso. Vim aqui só pra reativar e dizer que em breve tenho vários textos novos pra botar ;*
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Hello Universe
(Em inglês - para visualizar a tradução, cliqueaqui.)
"February 24, 2011.
Dear Universe, I'm writing to remind you that, above all, you're important and all of us, humans, depend on you. And, taking the liberty of speakin' out at one voice, we're sorry for what we're doing to you. But, you know, you understand, we're less than you. Less than the Earth and less than so many things we can't even list, so many things we don't even know.
So, as inferior beings, we have to create. Theories, history, numbers and languages. We have to diversificate. Colours, races, peoples, instruments. You're so big we have to get connected. Technology. You're so unexplainable we have to pray. There's gotta be something bigger than us. We wonder all the time how many bigger things there are outside!
We're deeply sorry for polluting you, and putting so many satellites around you - but that's kinda your fault, you're so wide sometimes we get lost - and for making holes in that delicate layer you give us, to keep us alive. We're sorry for killing our brothers and for destroying our nature. We're sorry for many, many things we do and don't even notice. Sorry for ending aluminium, sorry for wasting water, sorry for not distributing that stupid money thing we created to everyone the same way. We're sorry for everything, we hope you understand.
We're sorry, Mr. Universe! Please, don't end us. We've been creating things for a few billions of years, and now we're starting to figure out some more, some new, some different, some dead brothers of us predicted you were gonna kill us in a year. But, Universe, if you're gonna do it, then why did you even create a God? For us to pray? You make us pray for him not to kill our beloved people, and now you're going to kill us yourself. Your God will have done nothing if we die. You'll have done nothing if we die. And we'll have done nothing if we all get killed.
Yeah, kill us, but don't die along. Kill the ones who have already lived and let the others live too; as we've found out so many secrets of yours, we wanna share it with the future generations.
Just so you know, we love you. Me and all humanity. And if we are able to feel love, that's because you're here to let us feel it, to let us breathe, to let us cry, to just let us create our own paths. Just so you know, we know nothing yet. Just so you know, we're trying to heal you. And just so you know, all our paths will lead us to you.
Thanks for the attention."
"February 24, 2011.
Dear Universe, I'm writing to remind you that, above all, you're important and all of us, humans, depend on you. And, taking the liberty of speakin' out at one voice, we're sorry for what we're doing to you. But, you know, you understand, we're less than you. Less than the Earth and less than so many things we can't even list, so many things we don't even know.
So, as inferior beings, we have to create. Theories, history, numbers and languages. We have to diversificate. Colours, races, peoples, instruments. You're so big we have to get connected. Technology. You're so unexplainable we have to pray. There's gotta be something bigger than us. We wonder all the time how many bigger things there are outside!
We're deeply sorry for polluting you, and putting so many satellites around you - but that's kinda your fault, you're so wide sometimes we get lost - and for making holes in that delicate layer you give us, to keep us alive. We're sorry for killing our brothers and for destroying our nature. We're sorry for many, many things we do and don't even notice. Sorry for ending aluminium, sorry for wasting water, sorry for not distributing that stupid money thing we created to everyone the same way. We're sorry for everything, we hope you understand.
We're sorry, Mr. Universe! Please, don't end us. We've been creating things for a few billions of years, and now we're starting to figure out some more, some new, some different, some dead brothers of us predicted you were gonna kill us in a year. But, Universe, if you're gonna do it, then why did you even create a God? For us to pray? You make us pray for him not to kill our beloved people, and now you're going to kill us yourself. Your God will have done nothing if we die. You'll have done nothing if we die. And we'll have done nothing if we all get killed.
Yeah, kill us, but don't die along. Kill the ones who have already lived and let the others live too; as we've found out so many secrets of yours, we wanna share it with the future generations.
Just so you know, we love you. Me and all humanity. And if we are able to feel love, that's because you're here to let us feel it, to let us breathe, to let us cry, to just let us create our own paths. Just so you know, we know nothing yet. Just so you know, we're trying to heal you. And just so you know, all our paths will lead us to you.
Thanks for the attention."
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Equilíbrio (sobre progresso x natureza)
O equilíbrio é fundamental em todas as situações da atualidade. Em cada pessoa, na sociedade como um todo e, principalmente, no ambiente. Por isso, o desmatamento é um mal necessário. E, por isso, existe o reflorestamento - porque o equilíbrio é fundamental.
Destruir árvores para construir prédios é preciso, porque os seres humanos têm necessidades - de mais escritórios, mais supermercados, mais casas ou mais shoppings.
Diante da escassez de espaço e da necessidade - tanto de prédios quanto de árvores - surge o equilíbrio. Por exemplo, empresas que derrubam árvores para fazer papel ou palitos de picolé têm sua própria plantação, para poder reflorestar depois.
Hoje, o ser humano lamenta as mudanças climáticas, buracos na camada de ozônio, escassez de água e até o ritmo frenético que a rotina passou a ter. Para equilibrar, aboliram o clorofluorcarbono, fazem campanhas de conscientização sobre a importância da água e comem 'slow food' no almoço. E empurram os pequenos detalhes com a barriga, porque não tem jeito. Não dá pra prevenir esse tipo de coisa, tampouco remediar. Então busca-se o máximo de equilíbrio possível, porque o equilíbrio é fundamental.
Sob orientação da profª Fabíola, em 07/02/2011.
Destruir árvores para construir prédios é preciso, porque os seres humanos têm necessidades - de mais escritórios, mais supermercados, mais casas ou mais shoppings.
Diante da escassez de espaço e da necessidade - tanto de prédios quanto de árvores - surge o equilíbrio. Por exemplo, empresas que derrubam árvores para fazer papel ou palitos de picolé têm sua própria plantação, para poder reflorestar depois.
Hoje, o ser humano lamenta as mudanças climáticas, buracos na camada de ozônio, escassez de água e até o ritmo frenético que a rotina passou a ter. Para equilibrar, aboliram o clorofluorcarbono, fazem campanhas de conscientização sobre a importância da água e comem 'slow food' no almoço. E empurram os pequenos detalhes com a barriga, porque não tem jeito. Não dá pra prevenir esse tipo de coisa, tampouco remediar. Então busca-se o máximo de equilíbrio possível, porque o equilíbrio é fundamental.
Sob orientação da profª Fabíola, em 07/02/2011.
Nós não podemos perder a paixão. O mundo está mudando a cada dia - graande notícia - e as pessoas estão mudando junto. Elas estão procurando algo que perderam. O que você perdeu? Quanto você mudou desde que abriu seus olhos pela primeira vez?
Eu procuro pela paixão. A paixão que me move e me transforma em uma pessoa melhor. Procuro... Um design emocional. Um que me dê credenciais para dizer visualmente o que eu penso hoje.
Eu procuro pela paixão. A paixão que me move e me transforma em uma pessoa melhor. Procuro... Um design emocional. Um que me dê credenciais para dizer visualmente o que eu penso hoje.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
"I know these words;
they just make no sense in Past Perfect, Future Tense..." - Magne Furuholmen <3
Tem uma pergunta que eu faço pra todo mundo que tá em um relacionamento. Uma só, pra todas essas pessoas.
"Você se vê casando com essa pessoa?"
Talvez seja uma pergunta idiota. Talvez não tenha nada a ver comigo o relacionamento dessas pessoas, talvez não seja da minha conta. Mas é uma pergunta que simplesmente preciso fazer. Porque eu nunca pensei que alguém pudesse travar um relacionamento sem realmente gostar da pessoa. Talvez eu tenha a alma velha -q
Mas acho que se você entra em um relacionamento com alguém, é porque gosta dessa pessoa. Se entra sem gostar, então passa a ser mentira. Se você passa um tempão cultivando um relacionamento e não imagina ele indo pra frente, nem um pouco, isso é ruim. Não estou falando em fazer planos, só em imaginar. "Será que daqui a 30 anos eu e meu namorado vamos estar casados? Não seria uma má ideia..." Só isso! Eu faço isso, faço muito mais que isso, mas não vem ao caso agora. Relacionamentos são uma coisa tão nobre e tão complexa que chega a ser quase um crime entrar em um deles sem enxergar a complexidade e a nobreza. Ou melhor, senti-las. Porque é isso o que o amor faz. Você se sente complexo, nobre e importante. A sensação de vazio vai embora, e o que fica é o que transborda no coração; a ajuda e o respeito mútuos, ahh, é o melhor sentimento do mundo. É totalmente diferente de qualquer outra coisa. E os relacionamentos são a principal característica do amor. Você se compromete com uma pessoa e passa a dividir sua vida com ela. Os segredos, os podres, as verdades, as vitórias, as derrotas, tudo. E então você percebe que 50% da sua alma saiu de você - mas não se perdeu, porque foi para seu parceiro. E 50% da alma dele veio para você. É assim que você percebe que o relacionamento virou amor - quando esses 50% de um na alma do outro deixam os dois completamente felizes. Essas almas se somam, se unificam, se fazem mais fortes. Porque duzentos por cento de almas não é brincadeira.
Tem uma pergunta que eu faço pra todo mundo que tá em um relacionamento. Uma só, pra todas essas pessoas.
"Você se vê casando com essa pessoa?"
Talvez seja uma pergunta idiota. Talvez não tenha nada a ver comigo o relacionamento dessas pessoas, talvez não seja da minha conta. Mas é uma pergunta que simplesmente preciso fazer. Porque eu nunca pensei que alguém pudesse travar um relacionamento sem realmente gostar da pessoa. Talvez eu tenha a alma velha -q
Mas acho que se você entra em um relacionamento com alguém, é porque gosta dessa pessoa. Se entra sem gostar, então passa a ser mentira. Se você passa um tempão cultivando um relacionamento e não imagina ele indo pra frente, nem um pouco, isso é ruim. Não estou falando em fazer planos, só em imaginar. "Será que daqui a 30 anos eu e meu namorado vamos estar casados? Não seria uma má ideia..." Só isso! Eu faço isso, faço muito mais que isso, mas não vem ao caso agora. Relacionamentos são uma coisa tão nobre e tão complexa que chega a ser quase um crime entrar em um deles sem enxergar a complexidade e a nobreza. Ou melhor, senti-las. Porque é isso o que o amor faz. Você se sente complexo, nobre e importante. A sensação de vazio vai embora, e o que fica é o que transborda no coração; a ajuda e o respeito mútuos, ahh, é o melhor sentimento do mundo. É totalmente diferente de qualquer outra coisa. E os relacionamentos são a principal característica do amor. Você se compromete com uma pessoa e passa a dividir sua vida com ela. Os segredos, os podres, as verdades, as vitórias, as derrotas, tudo. E então você percebe que 50% da sua alma saiu de você - mas não se perdeu, porque foi para seu parceiro. E 50% da alma dele veio para você. É assim que você percebe que o relacionamento virou amor - quando esses 50% de um na alma do outro deixam os dois completamente felizes. Essas almas se somam, se unificam, se fazem mais fortes. Porque duzentos por cento de almas não é brincadeira.
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