Lúcia era tão doce quanto o nome que recebera. Vivera a vida à procura do homem da sua vida, o primeiro beijo que se tornasse o primeiro namorado, e que, alguns anos depois, se tornaria marido, fruto de um singelo casamento à beira-mar. Achou, e não foi bem como ela esperava. Depois disso, decidiu que não planejaria mais nada: se o coração batesse mais forte, ela deixaria de ser teimosa e obedeceria a ele. Como Caio Fernando Abreu, repetiu sete vezes "que seja doce, que seja doce, que seja doce..." e se jogou à nova experiência que acabara de encontrar.
Abraçada à... Experiência... Ela imaginava como era bom não ter planejado nada, não ter um roteiro, não saber exatamente o que vai acontecer. Amava o descontrole súbito, sem ter ensaiado antes, sem saber como ia ser, improvisando. Aprendeu a preferir espontaneidade. "Que seja doce", pensou. Estava sendo doce como uma balinha de menta.
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