sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Totalmente

Eu a chamara para sair de novo - estava com tanta vontade de vê-la de novo! Pedi a Victória que a chamasse e ela foi; eram vizinhas, além de xarás. Só eu sei a ansiedade que senti, ficaria até um pouco sem jeito em expressá-la para meus amigos, eles me chamariam de gay. O telefone tocou, era Victória.
- Alô - eu falei, com a voz que dedicava a ela.
- Breno? É a Vitória. Vitória, Vitória.
- Ah - era ela. Suspirei um pouco quando reconheci a voz e suavizei o tom - oi..
- Então, eu não sei se vou.. Saí de casa, quando voltei meu pai não estava aqui e, enfim, já faz meia hora que estou esperando!
- Não tem problema, não.
E ela disse 'falou, falou' e desligou.
Tentei não criar expectativas, mas falhei e imaginei como seria abraçá-la de novo. Depois de tudo que passara antes que a encontrasse, eu mereciao jeito que ela me tratava. Merecia um recomeço tão bom.
Sentei-me, sozinho, no restaurante, e tomei um suco de pêssego. Foi quando senti as mãos geladas tampando meus olhos e ouvi o riso divertido, baixinho. Puxei as mãos e sorri para ela. Nos cumprimentamos e ela sentou. Estava linda. Nos beijamos. Lá pelas tantas, eu iniciei uma conversa.
- Tem alguma coisa que eu tenho vontade de te dizer há algum tempo.
- O quê? - ela retesou-se, nervosa.
- Existe uma... Possibilidade... Não tão remota.. De que eu esteja.. Bem apaixonado por você.
Ela fez silêncio. Eu fiquei sério.
- Existe 100% de chance de eu estar totalmente apaixonada por você. Totalmente.
- Totalmente?
- Totalmente! Até mais que isso!
- Ainda bem. Eu sinto a mesma coisa. Estava com medo da sua reação. Estou totalmente apaixonado por você também.
- "Totalmente?"
- "Totalmente! Até mais que isso!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário