Guilherme entra com Ana Luísa. Ele carrega uma rosa. Ela usa um vestido cor-de-rosa-envelhecido e espadrilhas creme. Seus cabelos estão soltos. Ele está de jeans, tênis e uma camiseta azul de mangas longas. Eles estão conversando, de mãos dadas.
Do outro lado do cenário, dividido por uma parede, está Clara, em cima de uma cama, no computador. Ela é sobrinha da melhor amiga de Ana Luísa.
Guilherme entrega a rosa à namorada e eles se beijam. Estão um de frente para o outro, no meio do palco. Ana Luísa diz que o ama. Eles de abraçam. Clara fecha o computador e rola na cama. As luzes se apagam.
Guilherme abre a porta e cumprimenta Clara. Ela corre e lhe dá um abraço. Ele a gira no ar.
- Vim ser sua babá hoje.
- Antes você do que a Carolina!
- Então, vamos brincar de Uno?
- Nessas horas você esquece de dizer que tem dez anos a mais que eu...
- Ah, já que você não quer... Eu ligo a televisão.
Ela pula em cima dele.
- Eu não disse que não queria!
Ele sorri.
- Eu também não.
As luzes se apagam.
Clara está deitada. Guilherme está sentado ao lado da cama, observando. Ele levanta. Ela abre os olhos.
- Gui?
- Sim?
- Fique aqui.
Ele volta.
- Eu estou aqui.
Ela se senta.
- Sente aqui.
Ele obedece. Clara sorri.
- Então, volte a tentar dormir.
- Não estou com sono...
- Seu pijama está furado.
- Eu sei. Vamos conversar...
- Clara, eu não tenho assunto. Vamos jogar Uno?
- Como é a sensação?
- De quê?
- Da Ana. De um beijo, um abraço, um namoro.. Como é a sensação?
- A Ana é super carinhosa.
- ... Isso não responde minha pergunta.
- É estranho falar com você sobre isso. Você é muito nova.
- Não sou tão nova assim.
- Você tem treze anos.
- E você tem vinte e três.
- Exatamente. Sou bem mais velho que você.
- Guilherme.
- Sim.
- Eu sempre gostei de caras mais velhos.
- Clara, não vamos falar dis...
Clara o beija. Ele se solta.
- O que você está fazendo? Você é tão nova!
- Te beijando. Não sou tão nova assim.
- Clara, você é nova demais pra alguém como eu!
- Amor não tem idade.
- E a Ana?
- Eu te amo bem mais que ela.
- Você é tão nova que não deveria nem saber como se faz.
- Como se faz o quê?
- Isso.
Ele a beija. Passa uma mão em sua cintura e a outra em sua nuca. Ela segura o rosto dele entre as duas mãos. Ela se arrasta até seu colo e senta. Guilherme a segura com intensidade. Ela para e o abraça. Ele está ofegante.
- O que eu estou fazendo, é isso que não sei...
- A gente pensa nisso depois. Agora só existimos eu e você.
E eles se beijam novamente. Com a intensidade e a paixão dobradas. E agora, não são mais um jovem comprometido e uma criança curiosa - são um homem e uma mulher vivenciando o amor físico.
As luzes se apagam.
Primeiro conto erótico! MHOIAHSOIAHS
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