Rodrigo era um cara qualquer, que queria ser alguma coisa importante na vida, como todos os outros caras. Ele tinha uma bandinha e às vezes fazia uns shows.
Ele seguia uma rotina, amava os pais e contava com os amigos como se fossem irmãos. Em algumas madrugadas, ele saía e só voltava no dia seguinte, ao amanhecer.
Às vezes, Rodrigo se sentia um pouco vazio. Ele era sensato, engraçado e bom de papo. Considerava-se bonito, mas não tinha muitas meninas aos seus pés. Mas ele era mais tímido que seus amigos e recusava-se a dar amassos na primeira menina bêbada com quem dançasse o créu em alguma boate.
Um dia, ele conheceu uma garota cujos olhos acastanhados o atraíram, que sabia a letra de todas as suas músicas de cor e adorava morder suas bochechas. Eles passearam juntos e ela sorria para ele a cada brincadeira sem graça.
Com o tempo ele deixou de se importar com a imagem diante dos outros, escreveu uma música que levava o nome da namorada e descobriu a felicidade em cada mordida na bochecha que levava dela.
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