sábado, 17 de setembro de 2011

Nunca Acaba

Ela tinha ido acampar com os amigos. Estava no meio do nada, em uma fazenda a algumas horas de casa, deitada em uma lona estendida na grama do lado de sua barraca. Jogava no celular.
Ele saiu da barraca e perguntou por que ela estava deitada do lado de fora se estava jogando no celular. Ela respondeu que gostava do céu.
- Como pode você gostar do céu e estar virada de costas pra ele bem na hora em que as estrelas aparecem?
- ...Estrelas?
Ele se deitou ao lado dela. Ela guardou o celular e ficou maravilhada na hora em que viu o céu, repleto de estrelas. Não era o céu preto que se via em São Paulo. Era um céu com pontinhos brancos e brilhantes e que se estendia até o infinito.
- Isso é bem melhor que um celular - ela disse.
- Se existir vida em outro planeta, esse céu que estamos vendo agora é o mesmo que as pessoas de lá vêem. Essa é a beleza de olhar pro céu: não saber onde acaba, saber que nunca acaba.

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