Assim que nos mudamos para a casa onde moro hoje, em 2001, compramos um aquário. Ele é enorme. Na época, tinha dezenas de peixes exóticos e meu pai cuidava dele toda semana. Com o tempo, as pessoas pararam de importar os peixes para a nossa cidade e acabamos ficando com um peixe só: um acará-bandeira perolado com listras pretas. Ele já tem seis anos de idade.
Um dia desses, ele estava nadando de cabeça para baixo. Eu pensei que estava morrendo e, nossa, ele sobreviveu. Outro dia, minha mãe foi limpar o aquário e não tinha mais o produto essencial para a vida do acará e de um mato-grosso que tínhamos também. O mato-grosso morreu na hora. O acará ficou no fundo do aquário, deitado, como se estivesse morto. Algumas horas depois, ele levantou e começou a nadar de novo tranquilamente.
O último episódio foi que o peixe ficou cego. Papai disse que ele ia morrer de fome, porque, se não enxergava, não poderia comer.
Aí a gente começou a colocar a comida no aquário normalmente e dar umas batidinhas no vidro. Com o tempo, o peixe aprendeu a subir quando as ouvia e comer. Hoje papai o chama com estalos.
Começamos a chamar o peixe de Joseph Climber.
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