segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Vivo
Em algum lugar por trás do letreiro de Hollywood, o sol se punha. Exatamente atrás do 'H' do letreiro, Heitor estava sentado. Sentia o coração prestes a explodir, como um mar de luzes de telefone celular. Ele crescera no meio de acrobacias, flashes, paparazzis, dinheiro, mansões e carros de vários milhões de dólares. Subia tanto em palcos como em telhados, gritava e as pessoas dançavam, pegando fogo, até decolarem como máquinas de foguetes. Mas Helena chegara, e eles estavam sozinhos, naquela noite. Pelo menos naquela noite, era só estenderem os braços e tocarem o céu. Ele sentia-se vivo.
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